Sessão ao vivo “Permacultura na academia”

20/06/2020 11:21

Concebida em ambiente acadêmico, a permacultura se difundiu mundo afora por meio da auto-organização através de iniciativas individuais e coletivas. Hoje, ela é reconhecida como uma ciência socioambiental de cunho holístico, um estilo de vida e também um movimento social.

O potencial para a construção de uma vida harmônica com o planeta em um futuro de baixa energia que se aproxima, faz da permacultura uma das mais viáveis “ferramentas” para atingirmos essa meta.

A academia vem introduzindo a temática da permacultura por diferentes vias em suas formações profissionais. Venha saber sobre o que está sendo feito em nossas universidades públicas e debater conosco possíveis caminhos para a popularização da permacultura no Brasil.

O Núcleo de Permacultura da UFSC – NEPerma/UFSC debateu o assunto com os professores Arthur Nanni, Antônio Augusto Pereira, Eduardo da Cunha e Luiz Pellon (mediador), numa sessão ao vivo.

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Permacultura na academia em discussão

14/12/2018 17:11

Arthur Nanni, apresentando resultados do NEPerma/UFSC. Foto: Paolo Martins.

O NEPerma esteve presente no 2º Seminário de Pesquisa em Permacultura, Agroecologia e Educação Ambiental, promovido pelo Instituto Permacultura Lab em parceria com o Grupo de Estudos em Educação Ambiental desde El Sur (GEASur). O evento ocorreu na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro no início de dezembro.

Dentre outras importantes pautas de discussão sobre educação ambiental, o NEPerma apresentou os resultados de seus seis primeiros anos de estrada no ensino, pesquisa e extensão. Permacultura e academia foi o tema abordado pelo permacultor Arthur Nanni, que apresentou uma síntese sobre iniciativas da permacultura em instituições de ensino superior no mundo e no Brasil, com destaque para os resultados e produtos obtidos e produzidos pelo NEPerma/UFSC.

Nascida na academia na década de 70, a permacultura enquanto movimento, ganhou o mundo e atualmente está presente em mais de 150 países, basicamente estruturada em estações, fazendas e institutos que desenvolvem e promovem esse movimento raiz. Na última década, o amadurecimento dos processos de ensino e pesquisa, bem como a efetiva aplicação de suas técnicas, fez com que a permacultura ganhasse espaço no terreno acadêmico, onde então, passa a ser considerada uma ciência socioambiental de cunho holístico. Sua recente trajetória na academia vem trazendo avanços nos critérios de adoção de sua filosofia de entendimento de mundo, principalmente no que tange à educação ambiental e reorganização social.

A discussão da reinserção da permacultura na academia vem de longa data e envolve muitos pontos importantes de consideração. Dentre eles, a discussão sobre a institucionalização do movimento/ciência para além dos tradicionais institutos de promoção da permacultura, o que supostamente poderia enfraquecer seu caráter anárquico pautado na autogestão.

A equipe do NEPerma/UFSC vem trabalhando essas discussões e entende que o papel da academia no desenvolvimento da permacultura, passa por dar suporte técnico-científico, buscando melhorar métodos de ensino e instrumentos pedagógicos, bem como, validar cientificamente processos praticados. Assim, busca-se fortalecer, através de ações de pesquisa, extensão e ensino, tanto a ciência, quanto o movimento, seguindo os passos da agroecologia, que conta com inúmeros cursos de graduação e pós-graduação no Brasil. Dessa forma, a universidade atende seus objetivos de gerar conhecimento e levar à população, novas possibilidades de viver e conviver em sociedade e com o planeta.

O conteúdo da palestra está descrito no artigo Construindo a permacultura na academia brasileira, publicado recentemente.

Saiba mais sobre o Evento e o Instituto Permacultura lab

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CPP para academia

23/07/2017 21:32

Turma de colegas novos permacultores. Suzana, Jorge (instrutores), Luiz Gustavo, Willian, André, Erick, Marcelo (inst.), Arthur (coord.), Ariane, Marírlia (Pedro), Leonardo, Maria Helena, Filipe, Renata, Marcelo, Luana, Manuela, Júlia (inst.) e Rosilene.

O NEPerma concluiu na última sexta o primeiro curso de planejamento em permacultura (PDC), voltado para professores e servidores técnicos de apoio ao ensino de instituições de ensino superior.

Um total de 14 novos permacultores foram certificados pelo professor permacultor Arthur Nanni, que coordenou a equipe de permacultores constituída por Marcelo Venturi, Arno Blankensteyn, Lucas Espírito Santo, Renata Palandri, Yasmin Monteiro, Jorge Timmermann, Suzana Maringoni e Júlia Lahm. O curso contou ainda com a participação do médico César Siomionato e suporte de logística do permacultor Pedro Buss.

O objetivo inicial desse curso era estabelecer uma rede interna à UFSC de professores que simpatizam com a permacultura. Porém, devido a procura de colegas de outras instituições de ensino superior, o curso passou a atender também esse público, como foi o caso do professora Manuela Pereira, da UFFS. Além dela, o curso contou também com professores da UFVJM, UFOP, IFSP e UNIPAMPA.

Participantes na prática de reconhecimento de zonas energéticas no Sítio Igatu em São Pedro de Alcântara. Foto: Rosilene Pereira.

Num total de 80 horas de duração, o curso possibilitou mostrar aos colegas os fundamentos científicos, a lógica e aplicabilidade da permacultura para a formação de pessoas plenas. O projeto final de planejamento em permacultura desenvolvido pelos participantes, envolveu a definição de um currículo ideal para formação de permacultores em nível de graduação e o projeto de um espaço universitário para abrigar um futuro curso de graduação em Permacultura na UFSC, pensado na forma de um elemento, que incluiu a análise de necessidades, características e funções de tal curso de graduação.

Dentre os resultados do curso pode-se destacar a criação de uma rede brasileira de Núcleos de Estudos em Permacultura, sendo o NEPerma/UFSC o encarregado de sua articulação e a decisão de criação de um periódico científico.

Por fim, a equipe do NEPerma/UFSC decidiu ofertar um curso de PDC a cada dois anos. Dessa forma, está previsto para julho de 2019 uma nova edição a ser ancorada por Marcelo Venturi.

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