Projeto de Recuperação Ambiental do Bosque da UFSC

20/05/2016 15:53

O bosque da UFSC é uma das principais áreas verdes do campus, apresentando relevante importância para a qualidade de vida no ambiente universitário enquanto espaço de convivência. Encontra-se na porção sul do campus Trindade ao lado dos Centros de Filosofia e CIências Humanas (CFH) e o de Educação (CED) e compreende uma área de aproximadamente 50.000 m2. Constitui-se por aŕeas em diferentes estágios de sucessão ecológica, umas mais degradadas em estágio inicial e outras, em estágios mais avançado com vegetação bem desenvolvida. O Bosque também apresenta cursos de água, caracterizando a maior parte de sua extensão como área de preservação permanente.

A proposta de recuperação ambiental do bosque é uma iniciativa da Comissão de Revitalização do CFH, em parceria com o NEPerma e a Coordenadoria de Gestão Ambiental da UFSC e está em curso desde 2014. O objetivo é aliar a recuperação das áreas degradadas à produção de alimentos através da implantação de agroecossistemas planejados segundo a filosofia da permacultura.

Área do bosque junto ao CFH e CED.

Área do bosque junto ao CFH e CED.

O planejamento permacultural do Bosque da UFSC é uma etapa fundamental no processo de recuperação da área, bem como para a continuação e realização dos objetivos do projeto, pois servirá como diretriz para as ações do uso e manejo desta importante área verde. Este planejamento, que poderá ser utilizado como subsídio para um possível Plano de Manejo do Bosque da UFSC, está sendo desenvolvido com base nos princípios de planejamento da permacultura, dentre os quais está o conceito de zonas energéticas, que serviu como base para esta primeira fase de planejamento. O zoneamento energético tem como objetivo a organização do espaço com base nas necessidades energéticas de cada local, de maneira que áreas que demandam maior investimento de energia e trabalho no seu uso e manejo estejam localizadas próximas ao centro de energia, neste caso representado pela sede do projeto.
Para a definição das zonas energéticas na área do Bosque levou-se em consideração os elementos que já estavam presentes no local: espécies arbóreas, áreas de uso consolidado, locais de convivência e circulação, infraestrutura predial, etc. A partir dessa análise, foram definidos locais para a implementação de agroecossistemas de acordo com o propósito de cada zona energética, sendo adotadas técnicas de plantio mais intensivo próximo a zona 0 e menos intenso nas áreas caracterizadas como zona 3, conforme a Figura 2. A proposta de usos e manejo para cada zona energética é descrita a seguir.

Planejamento por zonas energéticas da permacultura.

Permaculture energetic zones design.

Zona 0 – Sede do projeto
Localizada na porção mais elevada do Bosque, será constituída pela sede do projeto e do Parque Ambiental da UFSC, a qual servirá como recepção para visitantes, ações educativas, centro de convivência e reuniões e atividades administrativas. Esta zona abrigará uma edificação bioconstruída.
Zona 1 – Horta, início do circuito didático, espiral de ervas, compostagem, minhocário
Próxima à sede, a zona 1 será constituída por uma horta modelo de técnicas agroecológicas, pelo início do circuito didático, espiral de ervas aromáticas e medicinais, espaço para compostagem microbiana e minhocário.
Zona 2 – Pomares
A zona 2 será constituída principalmente por um pomar permacultural, com árvores frutíferas e de interesse ecológico, que será implementado na área hoje ocupada por eucaliptos.
Zona 3 – Sistemas agroflorestais
A zona 3 do Bosque será destinada à implantação de sistemas agroflorestais multifuncionais que servirão como mata ciliar para os cursos de água onde há ausência de vegetação e em áreas abertas e degradadas.

Zona 5 – área de convivência, inspiração e regeneração natural
Foram definidas como zona 5 as áreas que apresentam vegetação já consolidada, em avançado estágio de sucessão, e as áreas utilizadas para descanso e convivência.
O projeto segue em execução e conta com a realização de mutirões de manejo agroecológico, onde são compartilhados os conhecimentos a respeito da filosofia da permacultura e de técnicas de produção de alimentos e recuperação de áreas degradadas adotadas.
Para saber mais:
http://gestaoambiental.ufsc.br/projeto-bosque/
https://www.facebook.com/groups/Permacultura.UFSC/

Tags: Educação ambientalProjeto Bosque

NEPerma e CAMP promovem mutirão no bosque do CFH

01/09/2015 15:16
A turma carregando composto para os canteiros

A turma carregando composto para os canteiros

NEPerma e o Centro Acadêmico Martelo de Prata do curso de graduação em geologia promoveram na última sexta, uma ação coletiva de construção de canteiros em uma área de erosão no bosque do CFH. Foi mais uma etapa do projeto de Recuperação de Áreas Degradadas do Bosque do CFH, que conta com a parceria da Gestão Ambiental da UFSC.

O mutirão congregou alunos dos cursos de geologia e geografia em ações que envolveram a implantação de canteiros em nível para a contenção de processos erosivos e a reorganização do Sistema Agroflorestal adotado para recomposição de margem de um dos córregos que corta o bosque.

Canteiros para contenção de processo erosivo junto ao planetário.

Canteiros para contenção de processo erosivo junto ao planetário.

A prática mostrou que muitas mãos dão conta com maior facilidade de tarefas repetitivas, tão necessárias para o estabelecimento de um cenário que seja favorável a abundância de espécies vegetais alimentícias, tornando o bosque um local de confraternização e aprendizado.

As atividades do projeto vinham acontecendo há pelo menos 6 meses e contam com o empenho de dois bolsistas, Guilherme Fabrin (geografia) e Pedro Buss (biologia), que seguem tocando o manejo das áreas escolhidas como prioritárias para a recuperação ambiental. Desde agosto, a realização de ações coletivas estão sendo possíveis por meio da aquisição de um conjunto de ferramentas.

Novas oficinas e cursos estão por vir. Caso deseje participar das ações entre em contato com o NEPerma –

Tags: Educação ambiental

Permacultura na 13ª SEPEX

06/11/2014 14:41
Estande da Permacultura na SEPEX.

Estande da Permacultura na SEPEX.

Com a proposta de integrar os estandes do NEAMb, Geabio, TSGA e INCT, a equipe do NEPerma preparou para esta SEPEX, materiais de divulgação das atividades realizadas pelo núcleo, sobre o que é a permacultura e como ela pode ser útil a humanidade.

Assim, o estande contou com a participação direta dos parceiros do GEABio para esclarecer e informar o público a respeito dos princípios da permacultura, as zonas energéticas, ecologia cultivada, o perigo dos transgênicos, uso de veículos movidos a tração animal (bicicleta), dentre outros assuntos que perpassam os dois grupos.

Além dos cartazes explicativos e com registro dos projetos do NEPerma e GEABio, o estande ofereceu também, mudas de Açaí Juraçara (para doação), amostras de solo, variedades de leguminosas, espécies cultivadas na horta do Geabio e plantas alimentícias não-convencionais (PANCs) para exposição e degustação. Ainda foi realizada uma oficina de Plantas Alimentícias Não Convencionais e uma roda de conversa sobre Permacultura.

Um descontentamento do de todos os grupos envolvidos foi um não entendimento de montagem dos estandes, por parte da comissão de organização da SEPEX, que infelizmente segregou os espaços entre os grupos com divisórias, dificultando a integração entre esses e prejudicando o compartilhamento dos conhecimentos com o público.

Agradecemos ao público que interagiu com os estantes dos grupos, pelo trabalho em conjunto e esperamos continuar com essa parceria para futuras atividades.

Texto: Letícia dos Santos

Tags: Educação ambiental

Concluído o PDC Terra Permanente

22/10/2014 00:20
Andersson, Fátima, Inácio, Anastácia, Luciano, Letícia, Dianara, Soraya, Lucio Cassandra, Guisela, Arno, Andreia, Theo, Arthur, Marcelo, Grasi (Caio), Rayane, Angela, Reynaldo, Natífio, Celso, Cristiane, Cleusa e Suzano (que fugiu da foto).

Andersson, Fátima, Inácio, Anastácia, Luciano, Leticia, Dianara, Soraya, Lucio Cassandra, Guisela, Arno, Andreia, Theo, Arthur, Marcelo, Grasi (Caio), Rayane, Angela, Reynaldo, Natífio, Celso, Cristiane, Cleusa e Suzano (que fugiu da foto).

Na última semana o NEPerma, em parceria com a ACESPA e CEDEJOR e apoio do MDA e CNPq, concluiu o PDC presencial vinculado ao projeto Terra Permanente. Nessa turma, formaram-se mais 19 permacultores, aptos a multiplicar os conhecimentos da permacultura.

O PDC presencial foi conduzido por 10 instrutores e contou com um total de 105 horas onde os permaculturandos tiveram a oportunidade de vivenciar experiências teóricas e práticas:

  • História da permacultura e a sua inspiração. Por quê Permacultura? (Arthur Nanni)
  • Princípios éticos, dos sistemas e de planejamento (Arthur Nanni)
  • Conceitos fundamentais de ecologia (Jorge Timmermann)
  • Padrões físicos e temporais (Jorge Timmermann)
  • Elementos de paisagem (Jorge Timmermann)
  • Método de planejamento do espaço (Suzana Maringoni)
  • Visita técnica em Yvy Porã (São Pedro de Alcântara/SC)
  • Solos (Marcelo Venturi)
  • Agricultura ecológica (Marcelo Venturi)
  • Sistema Agroflorestais (Grasiela Willrich)
  • Plantas Alimentícias Não-convencionais (Jefferson Mota)
  • Visita técnica no Sítio Silva (Jorge Silva – Anitápolis/SC)
  • Água (Arthur Nanni)
  • Visita técnica no Sítio Igatu (São Pedro de Alcântara/SC)
  • Energia na paisagem (Arthur Nanni)
  • Bioarquitetura (Soraya Nór)
  • Estruturas invisíveis (Arthur Nanni)
  • Diagnóstico rural participativo (Thaise Guzzatti e José Giovani Farias
  • Visita técnica às Unidades Familiares Produtivas em São Bonifácio, Rio Fortuna, Águas Mornas e São Pedro de Alcântara
  • Apresentação dos projetos finais de planejamento permacultural para a Unidade Familiar produtiva.

Em 2015 o NEPerma irá oferecer o seu primeiro PDC à distância, em parceria com o MDA e CNPq.

Tags: Educação ambientalEnsino de permaculturaTerra Permanente

Lá se foi o quarto bloco do projeto Terra Permanente

16/09/2014 08:55
José Giovani e Thaise conduzindo o diagnóstico rural coletivo.

José Giovani e Thaise conduzindo o diagnóstico rural coletivo.

O NEPerma, em conjunto com a ACESPA e CEDEJOR e apoiado pelo MDA e CNPq, concluiu o quarto bloco PDC presencial do projeto Terra Permanente. Neste bloco foram mais três dias de intensa atividade, incluindo dois dias de campo onde os permaculturandos puderam conhecer as quatro Unidades Familiares Produtivas (UFPs), que serão alvo do projeto final.

No terceiro dia, o Diagnóstico Rural Participativo conduzido pelos colegas José Giovani (Epagri) e Thaise (UFSC), pode fornecer aos cursistas uma visão abrangente da situação da realizada das quatro UFPs, duas de produtores agroecológicos e duas de moradores neorurais em estabelecimento, sendo uma unifamiliar e outra com proposta de ecovila.

O bloco contou ainda com a experiência dos colegas Jorge e Suzana, que acompanharam os três dias do bloco, auxiliando os permaculturandos no diagnóstico.

Jorge, Suzana, Anastácia, Lúcio e Reinaldo conferindo o diagnóstico rural participativo.

Jorge, Suzana, Anastácia, Lúcio e Reinaldo construindo o diagnóstico rural participativo.

Os cursistas caminham agora para o projeto final de planejamento permacultural nas quatro UFPs selecionadas.

Para fechar, o NEPerma ainda participou no sábado dia 13/09, do 2o. Acampamento da Juventude da Agricultura Familiar e da Pesca, em Orleans-SC. A juventude rural pode saber um pouco mais sobre o que é Permacultura e como ela pode ser praticada para gerar maior qualidade de vida no campo.

 

Tags: Educação ambientalEnsino de permaculturaTerra Permanente

NEPerma conclui o terceiro bloco do PDC Terra Permanente

14/08/2014 23:02
A arquiteta Soraya Nór compartilhando conhecimentos sobre a técnica construtiva com barro bambu-a-pique.

Soraya Nór compartilhando conhecimentos sobre a técnica construtiva com barro bambu-a-pique.

Nesta semana o NEPerma concluiu o 3o. bloco do curso de planejamento permacultural (PDC) do projeto Terra Permanente. Foram mais três dias de intensas atividades junto a ACESPA, parceira no desenvolvimento do projeto Terra Permanente.

Neste bloco, os alunos vivenciaram a discussão acerca da sistematização de águas na paisagem e no ambiente planejado, bioconstruções, energia na paisagem e o seu aproveitamento e, estruturas invisíveis.

Arthur Nanni apresentando do Sistema Agroflorestal (SAF) "de carona" implanto na Zona 3 do sítio Igatu em São Pedro de Alcântara.

Arthur Nanni apresentando do Sistema Agroflorestal (SAF) “de carona” implanto na Zona 3 do sítio Igatu em São Pedro de Alcântara.

Os alunos do curso, representados por agricultores e extensionistas rurais de seis municípios de Santa Catarina, prosseguirão até outubro participando de atividades teórico-práticas para melhor compreender as potencialidades de aplicação da permacultura em suas propriedades rurais, desde a concepção de pequenos elementos até o planejamento sistêmico integrado.

Este bloco do curso contou com duas práticas, a bioconstrução de paredes a partir da técnica construtiva bambu-a-pique e também, a visita técnica ao sítio Igatu, para verificação de conhecimentos até aqui compartilhados, como distribuição de zonas, seus elementos constituintes e formas de manejo integradoras entre zonas energéticas da propriedade rural.

“Sinta o fluxo e trabalhe com ele”

Em tudo existe energia, então, se a gente não souber sentir aonde está esta energia no espaço em que a gente tá, a gente não vai conseguir trabalhar com esse fluxo e não vai deixar a natureza fazer o trabalho dela e a gente conseguir trabalhar junto com ela.

Reinaldo de Souza – agricultor de Rio Fortuna – SC

 O curso de planejamento permacultural do projeto Terra Permanente tem o apoio do MDA e CNPq.

Tags: Educação ambientalEnsino de permaculturaTerra Permanente

NEPerma conclui o segundo bloco do curso de permacultura

20/07/2014 19:24
Visita técnica a propriedade de Anastácia Schmitt.

Visita técnica a propriedade de Anastácia Schmitt.

O NEPerma concluiu nesta semana o segundo bloco do Curso de Planejamento Permacultural na grande Florianópolis. Este módulo focou no tema produção de alimentos, onde foram abordados o manejo ecológico de solos, ecologia cultivada, plantas alimentícias não convencionais e sistemas agroflorestais. Os permacultores Marcelo Venturi, Grasiela Willrich e Jefferson Mota compartilharam seus conhecimentos com a turma de alunos, que abrange predominantemente agricultores a extensionistas rurais.

Neste segundo bloco os alunos meteram a mão-na-massa, aprendendo desde o manejo de plantas espontâneas, uso do pé-de-galinha para estabelecimento de canais de infiltração/escoamento e plantio de arranjos agroflorestais.

Visita à propriedade do permacultor Jorge Silva.

Visita à propriedade do permacultor Jorge Silva.

O bloco contou com duas visitas técnicas de campo, uma à propriedade da aluna Anastácia em São Pedro de Alcântara e outra, na propriedade do permacultor Jorge Silva no município de Anitápolis-SC.

Alunos aprendendo o uso do pé-de-galinha para estabelecimento do canal de infiltração/escoamento.

Alunos aprendendo o uso do pé-de-galinha para estabelecimento do canal de infiltração/escoamento.

O curso completo envolverá os alunos num total de 105 horas em 5 blocos. Os próximos apresentarão manejo de águas, estruturas invisíveis, diagnóstico rural participativo e acesso a mercados. O curso terá como avaliação final a construção de um projeto permacultural do espaço produtivo, baseado em unidades familiares produtivas dos próprios alunos.

O curso de planejamento permacultural do projeto Terra Permanente tem o apoio do MDA e CNPq.

Tags: Educação ambientalEnsino de permaculturaTerra Permanente

NEPerma inicia o projeto Terra Permanente

09/06/2014 22:09

Os colegas Marcelo e Arno no primeiro dia.

Nesta segunda teve início a etapa de extensão do projeto Terra Permanente, que ocorre nas dependências da Associação Campo e Ervas de São Pedro de Alcântara (ACESPA) na grande Florianópolis. O projeto conta com financiamento do Ministério de Desenvolvimento Agrário e CNPq e é uma iniciativa do NEPerma em parceira com a ACESPA e CEDEJOR.

Esta etapa do projeto prevê a formação de 25 permacultores e abrange 6 municípios da grande Florianópolis. O público do curso envolve agricultores, extensionistas rurais e professores universitários, que irão vivenciar experiências da permacultura, através de um Curso de Planejamento Permacultural com 90 horas.

Agricultor agroecológico Natifio de São Bonifácio e outros permaculturandos.

 

O curso conta com a experiência dos permacultores Arthur Nanni, Grasiela  Willrich, Jefferson Mota, Jorge Silva, Jorge Timmermann, Marcelo Venturi e Suzana Maringoni. O programa do curso tem previstos mais 4 encontros até outubro e contará com 6 atividades técnicas de campo, com visitação em propriedades que contam com planejamento permacultural na grande Florianópolis.

Ao longo do curso serão selecionadas 5 propriedades rurais que serão monitoradas na segunda etapa do projeto através de uma metodologia de pesquisa-ação, voltada para o entendimento de como a permacultura pode agregar qualidade de vida a agricultura familiar.

Tags: Educação ambientalEnsino de permaculturaTerra Permanente
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