NEPerma recebe reconhecimento pela Câmara de Vereadores de Florianópolis

07/06/2019 17:02

Marcelo Venturi recebendo o diploma.

No dia do Meio Ambiente, 5 de junho de 2019, o Núcleo de Estudos em Permacultura da UFSC, juntamente com outras 32 iniciativas, entidades e projetos da Grande Florianópolis, recebeu o Diploma de Reconhecimento da Câmara dos Vereadores de Florianópolis, pelas atividades de “valorização e colaboração na preservação dos recursos naturais”, por proposição do vereador permacultor Marquito – Marcos José de Abreu.

No evento as entidades agradeceram ao reconhecimento e algumas apresentaram suas histórias e manifestaram suas preocupações com as condições das condições e políticas ambientais atuais. Foi um ótimo momento de (re)encontro e trocas de contatos e possibilidades.

 

 

Tags: Educação ambiental

Permacultura na academia em discussão

14/12/2018 17:11

Arthur Nanni, apresentando resultados do NEPerma/UFSC. Foto: Paolo Martins.

O NEPerma esteve presente no 2º Seminário de Pesquisa em Permacultura, Agroecologia e Educação Ambiental, promovido pelo Instituto Permacultura Lab em parceria com o Grupo de Estudos em Educação Ambiental desde El Sur (GEASur). O evento ocorreu na Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro no início de dezembro.

Dentre outras importantes pautas de discussão sobre educação ambiental, o NEPerma apresentou os resultados de seus seis primeiros anos de estrada no ensino, pesquisa e extensão. Permacultura e academia foi o tema abordado pelo permacultor Arthur Nanni, que apresentou uma síntese sobre iniciativas da permacultura em instituições de ensino superior no mundo e no Brasil, com destaque para os resultados e produtos obtidos e produzidos pelo NEPerma/UFSC.

Nascida na academia na década de 70, a permacultura enquanto movimento, ganhou o mundo e atualmente está presente em mais de 150 países, basicamente estruturada em estações, fazendas e institutos que desenvolvem e promovem esse movimento raiz. Na última década, o amadurecimento dos processos de ensino e pesquisa, bem como a efetiva aplicação de suas técnicas, fez com que a permacultura ganhasse espaço no terreno acadêmico, onde então, passa a ser considerada uma ciência socioambiental de cunho holístico. Sua recente trajetória na academia vem trazendo avanços nos critérios de adoção de sua filosofia de entendimento de mundo, principalmente no que tange à educação ambiental e reorganização social.

A discussão da reinserção da permacultura na academia vem de longa data e envolve muitos pontos importantes de consideração. Dentre eles, a discussão sobre a institucionalização do movimento/ciência para além dos tradicionais institutos de promoção da permacultura, o que supostamente poderia enfraquecer seu caráter anárquico pautado na autogestão.

A equipe do NEPerma/UFSC vem trabalhando essas discussões e entende que o papel da academia no desenvolvimento da permacultura, passa por dar suporte técnico-científico, buscando melhorar métodos de ensino e instrumentos pedagógicos, bem como, validar cientificamente processos praticados. Assim, busca-se fortalecer, através de ações de pesquisa, extensão e ensino, tanto a ciência, quanto o movimento, seguindo os passos da agroecologia, que conta com inúmeros cursos de graduação e pós-graduação no Brasil. Dessa forma, a universidade atende seus objetivos de gerar conhecimento e levar à população, novas possibilidades de viver e conviver em sociedade e com o planeta.

O conteúdo da palestra está descrito no artigo Construindo a permacultura na academia brasileira, publicado recentemente.

Saiba mais sobre o Evento e o Instituto Permacultura lab

Tags: academiaEducação ambientalEnsino de permaculturaEnsino de permacultura

Permacultura no Fazendo Gênero 2017

30/08/2017 09:42

As participantes debatendo sobre os princípios da permacultura.

Durante o 11° Fazendo Gênero e a 13ª edição Women’s Worlds Congress sediados na UFSC, foi realizado o minicurso “Introdução a Permacultura”, que versou sobre a ótica ecofeminista e teve a facilitação de Iana Carla Couto e Marcos Montysuma. Utilizando como base suas pesquisas sobre o ecofeminismo, Iana apresentou as conexões e potencial de utilização da permacultura como uma “ferramenta” de ação ecofeminista. Assim, as participantes do minicurso aprenderam sobre a origem, organização e princípios da permacultura e do ecofeminismo. Dentro de uma metodologia participativa de compartilhamento do conhecimento, as participantes também foram convidadas a falar de suas experiências e potenciais para agregação de todas as questões debatidas em suas vidas, tanto pessoal quanto profissional.

O minicurso contou com a participação de pessoas das mais variadas regiões do Brasil, também diferentes orientações sexuais e identidade de gênero. Como resultado Iana comenta: “Esse minicurso possibilitou demonstrar a versatilidade e amplitude da Permacultura, bem como a importância dos princípios de agregar, ao invés de segregar, valorizar a diversidade, entre outros.”

Tags: CursoEcofeminismo

NEPerma participa de encontro de sistematização de Núcleos de Agroecologia

16/10/2016 09:36

Nos dias 18 a 20 de setembro de 2016, Marcelo Venturi e Arthur Nanni representaram o NEPerma, juntamente com a komboza, em uma estada na  ELAA – Escola Latinoamericana de Agroecologia, no município de Lapa/PR.

O encontro teve o objetivo de sistematizar as experiências dos núcleos de agroecologia das universidades do sul do Brasil, que foram criados/aprimorados durante os últimos editais do CNPq relacionados ao assunto. Mas além desses núcleos, foram convidados alguns representantes de outros grupos e coletivos, visando contribuírem com a prática. Assim estiveram também, por exemplo, indígenas Guaranis do Morro dos Cavalos, que foram nossa mais agradável surpresa, abaixo entenderão o porquê.

Algumas outras pessoas da UFSC ficaram de ir e não foram. Mas em minha contagem inicial estávamos em torno de 36 participantes de núcleos na abertura, e destes em torno de 12 têm alguma ligação direta com a UFSC, através dos 5 núcleos ou projetos que foram desenvolvidos aqui. A saber: O NEPerma, o CCA com o pessoal do PRV coordenado pelo prof Pinheirinho e do Plantio Direto coordenado pelo prof Jucinei, da rede de SAFAS coordenado pelo prof Ilyas e o pessoal do EduCampo/CED, coordenado pela Profa. Thayse. Assim, a UFSC esteve presente em peso. Apesar disso ser interessante por demonstrar nossa força no sentido da agroecologia no sul do país, essa participação nos mostra também outro ponto: sabemos que além destes núcleos oficialmente representados temos, como UFSC, vários outros grupos relacionados diretamente à temática – Neamb, Gepa, GeaBio, horto do HU, Compostagem, etc… E NÃO CONVERSAMOS ENTRE NÓS. Somos eficientes em agir para fora da instituição mas trocamos e conversamos pouco com quem está em casa.

Além dos supracitados, outro grupo semelhante presente foi um grupo sem vinculação oficial à universidade do litoral do paraná, mas relacionado à esta, que se diz autogestionado e apresentou materiais assumidamente anarquistas. Também estavam presentes outros tantos núcleos com ricas experiências, e alguns que lamentamos não poder ajudar mais ou não ter mais pernas para atendermos no que diz respeito à demandas de Cursos de Planejamento em Permacultura (PDC) em suas cidades/universidades.

Após apresentações tivemos agradáveis recepções incluindo uma abertura emocionante com pessoas de diversos países que são jovens estudantes da ELAA. Em seguida traçamos uma linha do tempo da agroecologia no Sul do Brasil, através dos relatos do que cada um considerou importante para si. Aí algumas coisas começaram a me chamar atenção: o assunto permacultura na linha surgiu por outras pessoas além de nós, no caso, pelos índios Guaranis do Morro dos Cavalos (Palhoça/SC). Outros pontos marcantes colocados nessa história foi o primeiro PDC do Brasil com Bill Mollison em Porto Alegre no RS em 1992, os demais PDCs e os Congressos Brasileiros de Agroecologia.

Aprendemos e exercitamos algumas técnicas de sistematização, que ajudam muito na organização de grupos que tem objetivos claros. Isso já nos serve de dica. Precisamos ter clareza do que queremos. Nestes exercícios de sistematização das experiências da região, separados em temas avaliaríamos impressões dos núcleos em relação a esses assuntos. Neste momento o grupo dos indígenas pediu para fazer a parte, pois a realidade deles é bem diferente da nossa e acabam, por isso, sendo excluídos nos discursos. Assim, preferiram fazer toda a análise sozinhos.

Após os grupos apresentarem os resultados da análise coletiva os Guaranis falaram de suas demandas, trabalhos desenvolvidos e relataram uma importante experiência que tiveram recentemente, um PDC que participaram no Instituto Çarakura.

“Após este PDC, os Guaranis retornaram pra aldeia e os demais membros começaram a perguntar o que era Permacultura. Para explicar, os representantes que participaram pediram para os seus colegas desenharem ´NHANDEREKÓ“, uma palavra em guarani que significa MODO DE VIDA GUARANI e envolve tudo o que é deles: agricultura, natureza, fé e religião, vida, modo de viver, etc. Depois dos colegas índios desenharem o nhanderekó, os que fizeram o PDC falaram: “- então, isso é permacultura! É o nome que os brancos dão pra nhanderekó!”
Não preciso dizer que tivemos uma agradável surpresa, mas infelizmente esse momento não foi gravado. Conclui que devemos pensar numa boa parceria também com esse povo.

COMPROMISSOS

  • Evento pra julho de 2017 com objetivo de reunir todos esses grupos e núcleos de SC, envolvendo outras universidades, grupos independentes, experiências científicas, etc, a fim de conhecermos, trocarmos experiências e organizarmos uma rede catarinense.
  • Unir todos grupos que trabalham agroecologia na UFSC nas Sepex – Semana de Ensino Pesquisa e Extensão da UFSC, através de um estande em conjunto. Assim teremos obrigação de nos reunir pelo menos uma vez por ano e tomar conhecimento do que os grupos daqui estão fazendo.

Algumas impressões finais

Temos muitos objetivos em comum com outros grupos de agroecologia, mas realmente a permacultura se difere por sermos “mais radicais” que o restante. Acho que um pouco disso se deve pelos representantes que enviamos.

Conseguimos deixar claro nossos posicionamentos nos sentidos: (1) da busca pela autonomia, tanto dos agricultores quanto dos núcleos e grupos, em relação ao governo. Nosso posicionamento valorizando em primeiro lugar o autoconsumo e apenas depois o compartilhamento de excedentes, enquanto que um discurso padrão nos demais grupos sempre remete “à renda do agricultor”. Até nisso nos aproximamos mais dos indígenas.
(2) Na relação que vemos de libertar o agricultor e os núcleos de qualquer dependência, seja de insumos e agrotóxicos, assim como a dependência de grandes empresas de tecnologias, dos governos, e até discutimos a questão dos softwares livres como Linux e todos os programas que utilizamos em nosso projetos. Isso teve muito boa receptividade, quero ver coragem das pessoas adotarem.

Algumas fotos estão disponíveis na galeria de fotos do Neperma:
http://galeria.ufsc.br/permacultura/outros/  e no facebook.

Relato e opinião por Marcelo Venturi

Permacultura vai ao campus do Instituto Federal Catarinense

06/06/2013 18:04

Alunos do curso de Agroecologia do IFC.

No dia 23 de maio de 2013 junto a XI Semana de Estudos Especiais no Instituto Federal Catarinense – campus Rio do Sul, os alunos do primeiro e segundo ano do curso Técnico em Agroecologia, acompanhados por alguns professores, participaram da palestra sobre Permacultura, proferida pelo professor Arthur Nanni.

Com uma linguagem simples e acessível, o professor explicou o que é permacultura e quais seus princípios. Destacou ainda a importância do planejamento permacultural para a gestão territorial, levando em consideração os fluxos energéticos. Através de questionamentos, foi clara a sensibilização dos estudantes para a necessidade repensar nosso atual modo de vida.

Texto: Permacultora Jóice Konrad (professora do IFC, campus Rio do Sul)

Permacultura na SEPEX 2012

03/12/2012 16:12

O estande da permacultura na SEPEX 2012 foi muito visitado por inúmeros interessados de várias idades. As crianças curtiram muito a “fazendinha”, nome dado por várias delas a maquete final do projeto de planejamento permacultural, já as pessoas mais maduras buscaram principalmente informações acerca de espécies de plantio e como gerenciar melhor as águas em suas casas. Os alunos se interessaram mais em saber como e onde estão acontecendo as atividades voltadas a permacultura na UFSC.

Este foi o papel do estande “Permacultura na UFSC” – mostrar que inúmeras atividades permaculturais estão acontecendo em nossa universidade – bem como auxiliar o aluno a encontrar um caminho mais de acordo com as suas pretensões de formação. Uma síntese do que se passou durante a SEPEX pode ser conferida na entrevista concedida a Rádio Ponto (ouça na íntegra).

A iniciativa de montagem do estande partiu dos alunos da primeira edição do Curso de Planejamento Permacultural (PDC), que ocorreu em 2012/1, com um reconhecimento especial aos alunos Jefferson Mota, Petra Viebrantz, Juliana Bortoloto, Bruno Lopes, Marília Storck e Elisabeth Ranck. Houve ainda a participação da aluna Angela Bockmann, que participa da atual segunda edição do curso.

Em 2013/1 partiremos para a nossa 3a. edição da disciplina “Introdução à Permacultura” que traz consigo o “Curso de Extensão em Permacultura”, cujo currículo é reconhecido internacionalmente. Caso esteja interessado em participar, atente para o período de matrículas e busque o código GCN7938.

Permacultura terá estande na 11ª SEPEX

27/09/2012 12:53

Alunos participando de dinâmica de aprendizado junto ao bosque do CFH.

As atividades permaculturais desenvolvidas na UFSC terão espaço na próxima SEPEX. Os alunos formados como permacultores pela primeira edição do Curso em Planejamento Permacultural estarão apresentando através de materiais visuais os resultados do aprendizado que segue em sua segunda edição.

No estande, os visitantes da SEPEX poderão conhecer mais sobre a importância da Permacultura em nosso cotidiano, bem se esclarecer sobre alguns caminhos para participar e atuar em iniciativas permaculturais na UFSC.

Paralelamente ao estande será oferecido um minicurso PANCS – PLANTAS ALIMENTÍCIAS NÃO-CONVENCIONAIS: prática de identificação das espécies e sua utilização. Serão ofertadas 20 vagas!

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