O NEPerma UFSC certificou junto a Fundação Banco do Brasil, a tecnologia social “Pirambeira produtiva”. A tecnologia é desenvolvida na área experimental do Núcleo desde 2017, a partir da lógica da permacultura e, busca habilitar para a produção agroecológica, encostas situadas em condições de terrenos declivosos. Sua sistematização caminha no sentido de estabelecer Sistemas Agroflorestais de Carona em encostas fortemente inclinadas, geralmente descartadas por agricultores familiares em virtude das dificuldades de manejo, ou usadas para a produção, mas a custa de muito esforço físico.
Vista aérea da “Pirambeira produtiva” no Sítio Igatu, área experimental do NEPerma, na grande Florianópolis.
A Pirambeira produtiva possibilita o uso desses espaços por meio de dispositivos de manejo pensados para atenderem a ergonomia das pessoas, buscando facilitar o manejo das culturas. Sistematizada para implantar Sistemas Agroflorestais “de carona”, com o uso do pé-de-galinha, instrumento conhecido mundialmente como o “canivete suíço” dos permacultores, por ser de fácil operação e baixo custo para ser construído.
Episódio “Agroflorestinha” com o permacultor Jefferson Mota.
O NEPerma concluiu essa semana o projeto de extensão Permacultura em prosa. Iniciado em abril de 2020 com o nome “Organização de sessões ao vivo pela internet”, logo com o início das aulas no modo remoto, os episódios passaram do modo ao vivo para episódios gravados e o projeto passou a ser chamado de “Permacultura em prosa”.
O projeto apresentou debates sobre diferentes temas abordados pela permacultura e presentes em ações da Rede NEPerma Brasil, através da produção de 30 vídeos que trouxeram fatos, dados e opiniões de 68 permacultures/as convidados/as.
O projeto estimulou a criação de uma iniciativa similar junto à UNIRIO chamada Permapapo, que evidencia o trabalho coletivo da Rede NEPerma Brasil. Ainda como subproduto da série de sessões que abordaram a questão do saneamento básico, foi publicada a Nota técnica Resíduos sólidos rurais, desenvolvida em parceria com extensionistas rurais da Epagri de Santa Catarina.
Todos os produtos estão disponíveis na playlistPermacultura em prosa do canal da Rede NEPerma Brasil.
Nesse episódio o Permacultura em prosa visita o casal João e Glauce, que viveram uma noite de evento extremo com o fluxo de detritos que ocorreu no dia 16 de dezembro de 2020 em Ibirama – Santa Catarina. Na prosa, o casal fala como foi passar pela experiência de um evento extremo, sobre os ensinamentos e como isso influenciou na tomada de decisões do planejamento permacultural do sítio.
Nesse episódio, o Permacultura em prosa visita o Sítio Igatu, unidade de vida de uma família em São Pedro de Alcântara/SC. A unidade de vida nasceu em 2010 a partir da necessidade de reconexão de Arthur e Grasiela com a natureza. Hoje, cultivam alimentos, água e crianças saudáveis.
Na entrevista o casal traz um histórico de suas primeiras ações permaculturais no Sítio Ecoextrema em Porto Alegre, passando pelas estratégias de planejamento do espaço do Sítio Igatu e sobre como a área se tornou um espaço de experimentos do NEPerma/UFSC, indo até às relações comunitárias em uma pequena cidade.
Conheça um pouco mais sobre o Sítio Igatu assistindo a mais esse episódio.
Nesse episódio o Permacultura em prosa visita o Sítio Silva, unidade de vida da família homônima que é referência em permacultura Santa Catarina/Brasil. A unidade de vida nasceu em 2002 a partir da confiança da família nos processos de produção de alimentos e convívio harmônico com a natureza. A cada palavra, Jorginho nos traz o desafio de pensar uma nova realidade de vida, pautada nas éticas da permacultura.
Nós do NEPerma/UFSC somos muito gratos em ter a família como parceira no ensino de tantas e tantas turmas de estudantes que participaram do curso de planejamento em permacultura conosco desde 2012. Com esse relato esperamos contribuir com uma vida longa a esse belo e respeitado trabalho.
Para conhecer o Sítio Silva (quando acabar a pandemia), visite o site da Acolhida da Colônia.
Nesse episódio, o Permacultura em prosa visita à Estação de permacultura Moinhos de Luz em Rio Fortuna/SC, onde vive a família Souza, que se dedica a agricultura agroecológica e permacultura. A conversa com o jovem casal Reinal do e Stefanie nos traz um pouco sobre como é a rotina de vida de uma família que vive a lógica da permacultura.
A Estação Moinhos de Luz nasceu da vontade de colocar em prática uma proposta de mudança no modelo de produção agrícola. Utilizando a permacultura e agrofloresta, em 2014 a produção começou procurando aumentar a sustentabilidade da propriedade, reviver o solo e manter uma relação saudável com a natureza gerando renda para a família.
Yasmin Monteiro e Arthur Nanni trazem uma prosa sobre permacultura e sua relação com o desenvolvimento da segurança alimentar e nutricional. Como a permacultura pode ser aplicada na produção, processamento, comercialização, consumo e descarte de alimentos para gerar ciclos de vida, ao invés de cadeias lineares de produtividade? O papel da sociobiodiversidade e das redes autogestionáveis na garantia do direito à alimentação adequada, saudável e sustentável. Acompanhe conosco as éticas e os princípios da permacultura utilizados em experiências exitosas de soberania alimentar ao redor do mundo. A conversa foi gravada para ser apresentada na 3ª edição do Congresso Brasileiro Online de Comportamento Alimentar, Alimentação e Saúde.
O Permacultura em prosa traz Jefferson Mota e Arthur Nanni em uma prosa sobre uma nova metodologia de ensino sobre Sistemas Agroflorestais a partir de uma ferramenta lúdica – porém sem deixar de lado a “complexidade” existente em sistemas agroflorestais. Desenvolvida a partir das observações e práticas do agrônomo, o sistema Agroflorestiha compreende uma dinâmica forma ensino e aprendizado, que permite compreender arranjos de produção de alimentos visando a estabilidade agroecológica por meio da diversidade de espécies que podem ser colhidas num espaço de tempo entre 1 mês a até 20 anos ou mais.
Nesse episódio do Permacultura em prosa, o NEPerma em parceria com o podcast No Ar da Unicamp, traz uma conversa com o professor Arthur Nanni sobre permacultura, campo, produção, sustentabilidade. Na entrevista, Waldir Rodrigues conduz perguntas sobre a temática da inserção da permacultura no ensino público brasileiro e sobre as relações entre a permacultura e direitos humanos.
O último Censo Agropecuário de 2017mostra que em Santa Catarina, houve um significativo envelhecimento na agricultura. Em dez anos, o número de produtores agrícolas com menos de 45 anos encolheu 41%. São 44 mil pessoas a menos. Ao mesmo tempo, houve um aumento de 27% dos produtores com mais de 55 anos. E as pessoas entre 45 anos e 75 anos já são 70% daquelas que estão na agricultura.
São muitos os fatores para explicar a “fuga” de jovens da agricultura e, por consequência, as dificuldades para assegurar a sucessão nos estabelecimentos agropecuários: dificuldade de remuneração justa; baixo acesso à educação no campo; infraestrutura precária (poucas oportunidades para ações culturais, esportivas e de lazer, escasso acesso à telefonia celular e à internet); a expansão do agronegócio; a falta de políticas públicas de estímulo a práticas agrícolas respeitosas ao meio ambiente e ao conhecimento dos agricultores, dentre outros.
O tema da sucessão remete à questão de como os jovens constroem estratégias para permanecer e trabalhar no meio rural. A agroecologia e a diversificação das atividades nas Unidades Familiares de Produção Agrícola são apontadas como alternativas capazes de possibilitar a permanência dos/das jovens no campo.
O NEPerma/UFSC e o Pet Educampo UFSC conversaram com Leandro Assing, Hélinton Andrade e Natacha Eugênia Janata com mediação de Thaise Costa Guzzatti, sobre estratégias adotadas por jovens que estão construindo um projeto de vida e de futuro no campo.