NEPerma conclui mais uma turma

19/10/2021 21:33

O NEPerma/UFSC concluiu em outubro de 2021 a formação de mais uma turma através da disciplina “Introdução à permacultura”. Essa foi a primeira edição da disciplina junto ao departamento de Educação do Campo da UFSC. Realizada inteiramente em modo remoto em virtude da pandemia, a disciplina desenvolveu os conteúdos teóricos e práticos de forma virtual.

Turma de 2021/1.

A composição da turma contou com estudantes das graduações em Educação do campo, Design e Geografia. O professor Paulo Fermino Junior, do campus Curitibanos da UFSC, participou como ouvinte e transformou os conteúdos desenvolvidos em um curso de extensão para atender o público externo à UFSC.

Confira alguns depoimentos dos concluintes…

Samanta Barros – Educação do Campo

Permacultura me pareceu ser uma das chaves para seguirmos outro caminho, contrário ao consumismo cego e destruidor, nos trazendo para mais perto de nossa natureza e aguçando a capacidade de olhar e aprender. Apesar de se basear nos caminhos e sutilezas da grande natureza é uma prática humana que através de uma inteligência consegue-se viver tirando o melhor proveito dos recursos naturais sem destruí-lo, assim como tirar proveito do nosso próprio melhor, se conhecer e também aqueles que te rodeiam, fazendo fluir e permitindo que funcione da melhor maneira possível.

Alexandre Ladvig – Design

Assim que cheguei na disciplina a primeira coisa que abri com o grupo era o meu motivo de estar aqui que era a busca de uma alternativa para o que nos está posto. Felizmente minha busca pessoal se achou. Hoje para mim a permacultura é a alternativa para uma vida em completude, alicerçada no cuidado mútuo e no amor. 

Joel de Aviz – Educação do campo

Enquanto estudante de educação do campo e através da disciplina de agroecologia ocorreu o primeiro contato com o assunto permacultura, neste primeiro momento assimilei como forma ecológica de produção de alimentos, devido a necessidade de complementar créditos para a conclusão do curso e a oferta da disciplina, me matriculei na disciplina de Iniciação a Permacultura, nas primeiras aulas, me agradou a didática do professor e o assunto foi ficando mais interessante, várias vezes comentei em aula, a permacultura é muito mais que produção de alimentos, é ideologia de vida, interação respeituosa com o semelhante e com o planeta, ética e princípios, passou a integrar minha vida, além de trazer mais um grande amigo e mestre para meu convívio.

Tomás Sanfelici Coelho – Geografia

Em síntese, a Permacultura é uma ciência que escancara o momento do planeta: a vida não é algo que nasceu e precisou se manter diante do um lugar inóspito. Na verdade, a Terra é um templo da vida e aqui ela  transborda. Em todos os detalhes da superfície do planeta que observamos a vida está florescendo num processo contínuo. E a Permacultura é amor e respeito à vida, sujeição à terra e resgate do conhecimento ancestral. A ganância pelo acúmulo de capital é a doença contemporânea, cuja depressão e apatia física, social e cognitiva são meros sintomas. Pois bem, a vida traz soluções para tudo – Permacultura é antídoto para a patologia do homem que se afastou da terra. Este homem de negócios, perdido em posses e gráficos financeiros, está prestes a pular do edifício pois o seu viver já não tem beleza. Por sorte o povo sem dinheiro tem a poesia. E a Permacultura é uma forma de poesia.

Margarida Messiano dos Santos – Educação do Campo

Em poucas palavras quero dizer que a permacultura é uma alternativa real de planejar projeto de cultivo consciente e mudar a forma como estamos vivendo a vida sociedade e os consumo. ela interage sua filosofia de trabalho com, e não contra a natureza unir os conhecimentos e pratica agrícolas ancestrais tradicionais com planificação, e construção de ambientes humanos que baseando em ecossistemas naturais buscam estabelecer uma relação de harmonia com planeta e as pessoas etc. Pra mim permacultura, seria eu poder viver do meu jeito sem pensar no capitalismo. Perma, é um exemplo de diversidade como na sua aula que cada um puderam relatar o seu estilo de vivencia e experiência.

Rubens Abilio Laureano – Educação do Campo

Não conhecia a terminologia Permacultura até olhar a grade das disciplinas em que eu iria me matricular, de todas, sem exceção, foi a que mais me chamou atenção, a meu ver, essa disciplina é a própria educação do campo e para o campo! Permacultura é a possibilidade de pensar criticamente, alternativas reais de mudar a forma como estamos vivendo, e possibilidades de garantir qualidade de vida para nós e para as futuras gerações. Os princípios da permacultura afirmam que as necessidades humanas estão ligadas a soluções sustentáveis, sempre levando em consideração o equilíbrio entre os ecossistemas e o respeito ao próximo. Os conhecimentos relatados em todas as experiências e o espectro de possibilidades e soluções torna essa ciência ainda mais atrativa!

Dulcemar Emilia Borges – Educação do Campo

A permacultura fez com que eu tivesse um olhar diferenciado para tudo, terra, alimento, planeta, pessoas, ela trouxe e uniu para o meu dia a dia o conhecimento, junto com a ciência, o estimulo para o trabalho junto a natureza, o ambiente sustentável, que possamos prover as necessidades humanas básicas e as infraestruturas que as apoiam, com isso verificamos sua própria evolução e que nos dão resultados positivos.

 

Tags: Introdução à permacultura

Permacultura no XXX SEDEGEO da UFRGS

02/06/2017 17:04

Na busca por respostas sobre como os conhecimentos geológicos podem ser aplicados a outras ciências, no caso a permacultura, alunos do curso de Geologia e de outros cursos da UFRGS, puderam saber e entender mais sobre a Permacultura, através da palestra “O que é permacultura?”, proferida durante a XXX Semana de Debates Geológicos.

Com o intuito de levar esta informação de forma mais clara possível, o Prof. Arthur além apresentar a palestra, levou também aos estudantes um breve vídeo onde Igor Pavezi, estudante de geologia da UFSC e permacultor, faz uma conexão entre o conhecimento geológico e a permacultura em sua rotina de vida junto ao Sítio Abirú em Paulo Lopes – SC.

Igor cursou permacultura em 2014 na UFSC e começou a praticar permacultura quando passou a manejar a área do sítio Abirú em 2016. Outros alunos de geologia também passaram pelo Curso de Planejamento em Permacultura oferecido pelo NEPerma e seguem aplicando sua lógica na gestão de recursos naturais em nível profissional.

 

 

NEPerma conclui o terceiro bloco do PDC Terra Permanente

14/08/2014 23:02
A arquiteta Soraya Nór compartilhando conhecimentos sobre a técnica construtiva com barro bambu-a-pique.

Soraya Nór compartilhando conhecimentos sobre a técnica construtiva com barro bambu-a-pique.

Nesta semana o NEPerma concluiu o 3o. bloco do curso de planejamento permacultural (PDC) do projeto Terra Permanente. Foram mais três dias de intensas atividades junto a ACESPA, parceira no desenvolvimento do projeto Terra Permanente.

Neste bloco, os alunos vivenciaram a discussão acerca da sistematização de águas na paisagem e no ambiente planejado, bioconstruções, energia na paisagem e o seu aproveitamento e, estruturas invisíveis.

Arthur Nanni apresentando do Sistema Agroflorestal (SAF) "de carona" implanto na Zona 3 do sítio Igatu em São Pedro de Alcântara.

Arthur Nanni apresentando do Sistema Agroflorestal (SAF) “de carona” implanto na Zona 3 do sítio Igatu em São Pedro de Alcântara.

Os alunos do curso, representados por agricultores e extensionistas rurais de seis municípios de Santa Catarina, prosseguirão até outubro participando de atividades teórico-práticas para melhor compreender as potencialidades de aplicação da permacultura em suas propriedades rurais, desde a concepção de pequenos elementos até o planejamento sistêmico integrado.

Este bloco do curso contou com duas práticas, a bioconstrução de paredes a partir da técnica construtiva bambu-a-pique e também, a visita técnica ao sítio Igatu, para verificação de conhecimentos até aqui compartilhados, como distribuição de zonas, seus elementos constituintes e formas de manejo integradoras entre zonas energéticas da propriedade rural.

“Sinta o fluxo e trabalhe com ele”

Em tudo existe energia, então, se a gente não souber sentir aonde está esta energia no espaço em que a gente tá, a gente não vai conseguir trabalhar com esse fluxo e não vai deixar a natureza fazer o trabalho dela e a gente conseguir trabalhar junto com ela.

Reinaldo de Souza – agricultor de Rio Fortuna – SC

 O curso de planejamento permacultural do projeto Terra Permanente tem o apoio do MDA e CNPq.

Tags: Educação ambientalEnsino de permaculturaTerra Permanente