Marsha Hanzi é uma personagem icônica na permacultura brasileira. Formada pela primeira turma em 1992, seus anos de experiência e luta na difusão da permacultura no Brasil, nos mostram muitas possibilidades de caminharmos para um futuro de energia em decrescimento e exigentes adaptações ao novo regime climático.
Nesse episódio do Permacultura em prosa visitamos Marsha Hanzi nos Jardins Marizá em Tucano/BA. Na entrevista, ela nos conta um pouco sobre sua história e da permacultura no Brasil. Desde constatações de manejo no semiárido e temas mais polêmicos como a educação básica, Marsha fala da sua experiência passados 21 anos de vivências da permacultura no nordeste brasileiro. Fique à vontade e confira essa prosa em todos seus detalhes.
Gil Caruso traz uma reflexão sobre um processo de colapso que se anuncia no horizonte. As mudanças climáticas e a escassez de matérias-primas energéticas mostram que as fissuras do sistema capitalista estão aumentado. Essa transformação provavelmente atingirá todo o planeta, sendo que cada região será mais ou menos afetada a depender do seu vínculo com esse sistema globalizado. Nos anos 1970, a permacultura foi criada como uma resposta a uma previsão semelhante, com a esperança de construir ao longo do tempo uma cultura sustentável. Hoje as catástrofes climáticas se multiplicam e o gasto energético humano segue aumentando. Como seria uma permacultura com o colapso batendo à porta?
A obra é parte do acervo dos trabalhos de conclusão do Curso de Especialização em Permacultura, ofertado pelo NEPerma/UFSC e a Rede NEPerma Brasil.
O Permacultura em prosa traz Jefferson Mota e Arthur Nanni em uma prosa sobre uma nova metodologia de ensino sobre Sistemas Agroflorestais a partir de uma ferramenta lúdica – porém sem deixar de lado a “complexidade” existente em sistemas agroflorestais. Desenvolvida a partir das observações e práticas do agrônomo, o sistema Agroflorestiha compreende uma dinâmica forma ensino e aprendizado, que permite compreender arranjos de produção de alimentos visando a estabilidade agroecológica por meio da diversidade de espécies que podem ser colhidas num espaço de tempo entre 1 mês a até 20 anos ou mais.
Apesar de amplamente difundida pelo mundo, a permacultura segue em muitos locais sendo replicada a moda australiana. Em Pindorama não é diferente.
Assim, convidamos brasileiros que estiveram na Austrália nas décadas de 90, 2000 e 2010, além de um que lá permanece, para nos contar suas percepções sobre a permacultura em sua origem e como ela evoluiu nesse período.
O que a permacultura tupiniquim tem de diferente e a ensinar ao mundo? O que podermos aprender com a permacultura desenvolvida na Austrália e como podem se dar as interações entre esses diferentes contextos?
O Núcleo de Estudos em Permacultura da UFSC (NEPerma/UFSC) debateu o assunto com Ari Uriartt, Marcos Marques, Julia Taragano, Arthur Nanni, Eurico Vianna e Marcelo (mediador), numa sessão ao vivo.
Através de seu Trabalho de Conclusão de Curso em geografia Genius Loci: A Autobioconstrução Como Elemento de Ressignificação do Lugar, Rodrigo Arruda retrata as relações desenvolvidas com a moradia ao fazermos parte dos processos de sua construção, especialmente a partir de técnicas e materiais da bioconstrução combinados com com a lógica da permacultura . Sua pesquisa resultou também na produção do vídeo documentário Genius loci : autobioconstrução e o espírito do lugar. Nele o autor explora, a partir de relatos de autobioconstrutores, como se deram os processos de participação e construção de suas moradias, que resultaram em um significado singular para o lugar.